26 de outubro de 2025

EUA desistem de atuar como mediadores entre Ucrânia e Rússia após Putin recusar cessar-fogo total

Segundo o The Sun, os Estados Unidos anunciaram que não mediarão mais as negociações de paz entre Ucrânia e Rússia, após o presidente russo Vladimir Putin rejeitar um cessar-fogo total proposto por Washington. O Departamento de Estado afirmou que futuros esforços de paz devem ser liderados diretamente pelas partes envolvidas. Apesar de se afastar da mediação, os EUA continuarão apoiando iniciativas de paz e mantendo o suporte militar e econômico à Ucrânia.

A decisão surge logo após uma reunião não formal entre Donald Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, ocorrida durante o funeral do Papa, em um gesto inesperado que não foi divulgado pela grande mídia americana. Durante o funeral do Papa, um evento de altíssima densidade diplomática, Trump e Zelensky conversaram reservadamente, longe das câmeras e dos holofotes tradicionais da mídia americana. A ausência de cobertura jornalística foi notável, especialmente considerando a relevância dos dois líderes e o momento delicado do conflito no leste europeu. Este encontro marcou a primeira conversa direta entre os dois líderes desde uma tensa reunião na Casa Branca em fevereiro.

Além disso, recentemente ocorreu a assinatura de um acordo significativo entre EUA e Ucrânia, concedendo aos americanos acesso a recursos minerais valiosos do país, como titânio, lítio e gás natural, visando fortalecer a economia ucraniana e garantir o apoio contínuo dos EUA, através da forte presença de empresas americanas no território Ucraniano.

A iniciativa de Trump de ouvir Zelensky em particular pode indicar uma reavaliação da postura americana diante do conflito, algo que pode ter sido interpretado como afronta estratégica por Moscou.

Se antes Trump se mostrava indiferente ao sofrimento ucraniano, a escuta ativa a Zelensky pode ter dado a ele uma visão mais complexa da realidade geopolítica e humanitária da guerra — e isso teria influenciado a decisão dos EUA de abandonar a mediação em nome de uma reconfiguração mais dura contra a Rússia.

Por outro lado, essa conversa privada pode ter causado um mal estar em Moscou, especialmente considerando o simbolismo do evento (funeral do Papa) e a possibilidade de que Trump, mesmo informalmente, esteja reavaliando sua posição a favor da Ucrânia.

ENTENDENDO O CONTEXTO

Desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, as relações entre Rússia e Ucrânia deterioraram-se significativamente. A invasão russa em fevereiro de 2022 intensificou o conflito, levando a uma guerra prolongada com milhares de vítimas e deslocados.

Os EUA, sob diferentes administrações, tentaram mediar o conflito. No entanto, divergências sobre condições de cessar-fogo e integridade territorial da Ucrânia dificultaram acordos duradouros. A recente recusa de Putin em aceitar um cessar-fogo total proposto pelos EUA levou Washington a se retirar da mediação direta.

Para entendermos melhor esse movimento precisamos entender os interesses estratégico de cada um dos lados.

  • EUA: Buscam conter a influência russa na Europa Oriental, apoiar a soberania ucraniana e garantir acesso a recursos estratégicos.
  • Rússia: Deseja manter influência sobre a Ucrânia, impedir sua integração à OTAN e preservar ganhos territoriais.
  • Ucrânia: Luta pela recuperação de seus territórios e pela manutenção de sua soberania e integridade territorial.

E o que isso significa? A Ucrânia agora está totalmente perdida?

Nesse momento existem algumas opções políticas que podem ser acontecer e nos basta aguardar os próximos movimentos desse xadrez político internacional. Com a retirada dos EUA da mediação abre espaço para outros atores internacionais, principalmente a União Europeia, tentarem intermediar o conflito.

O acordo de minerais fortalece a economia ucraniana, mas pode ser visto como provocação pela Rússia. Vale lembrar que a Ucrânia possui vastas reservas de minerais estratégicos, como lítio e titânio, essenciais para tecnologias avançadas. O acesso a esses recursos é de grande interesse para potências globais, influenciando decisões geopolíticas e econômicas.

Porém, a ausência de mediador do porte dos EUA pode levar a uma intensificação das hostilidades. E o que você acha que poderá acontecer? Deixe seus comentários abaixo.

Quem escreveu essa análise.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copyright © Todos os direitos reservados. | Newsphere by AF themes.